terça-feira, 29 de março de 2011

É no silêncio da noite, que penso.
Reflito sobre as coisas, a fragilidade, a beleza e muitas vezes na dureza da vida.
Nem sempre ela pode te sorrir, mas mesmo assim insistimos em buscar, nesta mesma vida, muitas vezes algoz de nós mesmos, soluções diversas para nossos demônios internos.
E fingimos, que encontramos soluções, e por um breve momento, nos auto-decretamos abençoados, salvadores de nós ...mas como disse, é tudo por um breve momento.
O fio entre a solução e o fingimento da mesma, é tênue, imperceptível aos olhos alheios, somente nós enxergamos ou muitas vezes fingimos que enxergamos.
Ilusão, fantasia, utopia, reflexão, ou apenas o prazer de não admitir que se falha, que não somos perfeitos, que erramos e muitas vezes não reconhecemos isso?
Tudo isso por que? Porque o mundo só tem olhos para os “fortes”, porque somos criados para sermos vencedores, porque errar é admitir e se passar um atestado de fraco, porque..porque mil vezes porque.
E diante disso paro e volto, e olho ao meu redor e nada vejo de concreto pra refletir o que sinto aqui dentro, se é uma angustia, uma dor, uma tpm exarcebada ou ódio puro e simples.
Entrei de cabeça, troquei os pés pelas mãos, dei um passo maior do que a minha perna,cutuquei a onça com vara curta...e confesso Não Gostei.
Permitir que as coisas me escapem, porque elas precisam escapar, é uma coisa...deixar que as coisas escapem do por falta de controle, do meu controle é outra história.
Sinto que dei dez passos para trás na minha vida...e o caminho percorrido até agora não me é agradável...mas não posso voltar...preciso agora ter a serenidade para Parar, Respirar e Refletir...porque o momento me pede calma.

p.s tudo isso porque sinto que ando em ciclos, porque estagnei profissionalmente, porque estou pra lá de vermelha no banco..e porque queria poder voar e ninguém nunca me ensinou.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Nem mesmo uma geladeira vazia é capaz de bloquear a criatividade.
E digo mais, são nesses momentos de "fartura - onde falta tudo" que a criatividade deve se fazer presente.
Recentemente me uma reunião de amigos, regada a vinhos de diversas castas de uvas foi que coloquei toda a minha criatividade para funcionar.
A ideia era preparar algo rápido, prático e light.
Na geladeira além de muito espaço vazio, existiam alguns ingredientes que combinados poderiam resultar em uma receita improvisada de Brusquetta.
Para aqueles que não sabem, brusquetta é uma receita típica italiana. É um antepasto preparado com uma base de pão, regado com azeite e esfregado com alho.
Uma das mais conhecidas é a de Tomate, geralmente fresco, acompanhado de manjericão também fresco, mas existem inúmeras combinações possíveis e ao gosto do freguês.
Na ausência de pão, haja visto que estava na casa de uma pessoa que vive a base de dieta, optei por criar o que chamei carinhosamente de Torasquetta, brusquetta feita com torrada mesmo.
Separei os tomates, um pedaço de cebola, pasta de alho, cream cheese e azeite e coloquei tudo em cima de uma bancada.
Ao separar as torradas, tive um insight...
Encontrei no armário um pacote de granola e já que estava na casa de alguém light resolvi misturar tudo para ver no que dá. Fiz uma pasta com os ingredientes acima, uma pitada de shoyo e para dar uma refrescada cortei maças em pequenos cubos. Montei as Torasquetas light, e deixei por cinco minutos no forno.
Retirei do forno, reguei com azeite de oliva e acrescentei o manjericão e levei por mais dois minutos.
A ideia era que a pasta ficasse levemente morna, principalmente para não perder a refrescância das maças que estavam bem geladas.
A granola se encarregava de dar um toque adocicado e o cream cheese o toque salgado.
A loucura parece ter dado certo.
Foi diferente e divertido...e para os adeptos da malhação que se faziam presentes, uma entrada light e sem peso na consciência.

terça-feira, 15 de março de 2011

Eis aqui..o creme Brulée

Chique, não?
Dá até pra fazer biquinho quando fala o nome desse creme.
Sempre ouvi falar dele, mas como não sou fã de doces, nunca pensei ou se quer imaginei que um dia passaria pela minha cabeça ter a idéia fixa de fazê-lo.
Nas minhas andanças pela internet, descobri que dependendo do lugar, essa iguaria dos deuses, tem um nome diferente.

Crème brûlée (francês para "creme queimado") é uma sobremesa que consiste em um creme rico e cremoso, feito com creme de leite, ovos, açúcar e baunilha, com uma crosta de açúcar queimado por um maçarico. É geralmente servido gelado e em ramekins individuais. Além de baunilha, pode-se usar também chocolate, café, canela, coco, licores etc.
Foi atestado primeiro na França, no livro de receitas de Massialot em 1691. No Reino Unido, é associado com o Trinity College, Cambridge, ao qual, o nome da universidade era queimado sobre a sobremesa com uma brasa quente. Na Catalunha, é chamada de crema catalana, e é feita com limão, laranja e canela. Em Portugal, o pastel de belém guarda algum parentesco com o crème brulée.
Às vezes, ao açúcar queimado era dado uma Reacção de Maillard, ou caramelização, pingando por cima um pouco de bebida alcoólica.

No final dá tudo no mesmo creme brulée.
Curiosamente, meio sem querer fui parar em uma aula na qual aprendi a fazer esse creme, mas faltava algo para que ele saísse perfeito tal quais as fotos que vi.
Faltava um maçarico para o ”toque finale”.
Movi meus pauzinhos (no bom sentido!!) e entre idas e vindas ao shopping, ganhei um de presente.
Não é uma Brastemp, mas para quem está começando está de bom tamanho.
A mão coçou esses dias, olhei na geladeira e na dispensa tinha todos os ingredientes e disse a mim mesma...vai ser hoje.
Separei tudo, peguei a receita, a balança, as medidas certas...e fui toda feliz pegar o meu presente.
Frustação total ou como eu mesma fal: “coitos interruptos”..esqueci que pra funcionar o maçarico precisa de gás.
Putz! Plano abortado! Sabotei a mim mesma!
Fiquei “literalmente” na mão...
Coisas minhas, bem a minha cara.
Mas tem problema não...depois volto aqui para contar o final dessa história.
Com direito aa foto e tudo mais.


Fonte:Wikipédia!

Pimentas..aqui vou eu!

Nesse período de férias, aprendi a gostar de pimentas.
Sim, é verdade...
Nunca fui fã dessa iguaria, talvez porque não soubesse a medida certa para usá-las nos pratos. Ou até mesmo porque o “famoso molho de pimenta” usado aqui no nordeste tivesse um aspecto meio rude e um cheiro forte ..bem característico..do tipo: saia de perto!
E eu, que nunca fui baiana mesmo, nunca me dei ao luxo de experimentar e admito que não o farei... não para esse tipo de pimenta. Digamos que prefiro pimentas mais delicadas.
O fato é que, as vermelhinhas, têm um charme a parte e uma infinidade de tipos com aromas e ardência (ou será que tem outro nome para esse ardor?), que quando usadas na medida correta realçam o sabor de qualquer tipo de prato.
Nesses dias me dediquei a experimentar. Comprei algumas delas para ir gradativamente incorporando-as em meus inventos culinários.
Escolhi, algumas delas pela cor intensa, outras pelo leve ardor e outras porque todo livro de gastronomia que se presta falava sobre elas.
Não tive pena..usei mesmo..e bem usado diga-se de passagem.
Confesso, que os medalhões de filet, ficaram maravilhosos pelo simples fato de terem um toque a mais...um mix de pimentas delicadamente moídos e escolhidos a dedo!
Uma dica é, ter a mão leve. Pimenta demais só agrada a quem realmente gosta,o legal é conquistar os não fãs (como eu).
Portanto, deixa a imaginação rolar e use com moderação!