segunda-feira, 11 de julho de 2011

Esses dias senti vergonha...e queria virar um avestruz dentro da sala de aula.
O que poderia ter sido uma aula maravilhosa, rendendo para todos...se tornou uma feira de  São Joaquim...dez vezes pior do que a original.
A falta de respeito, com os professores, já é algo conhecido e não entendido..pelo menos por mim.
Até hoje não consigo conceber que existem alunos que se acham mais sábios do que professores e se sentem no direito de desrespeitá-los.
Acho sim, que o debate, a conversa  deve ser estimulada sempre, mas revelar aos cinco cantos que professor (a) tal não tem isso, não tem aquilo...é de mais para quem está estudando algo, e que nem se quer trabalha pra dizer que adquiriu conhecimento na prática.
Eu, no auge da minha caretice, por que nessas horas me sinto a pessoa mais careta do mundo, não posso compactuar com atitudes como a que, alguns de meus colegas..entenda-se que aqueles com menos de 25 anos, que não viveram metade de suas vidas..terminam por me colocar (já que faço parte da turma também).
Senti vergonha pelo professor convidado a nos dar uma aula de escultura em frutas e hortaliças.
Vergonha, por ver a infantilidade generalizada, o brincar com coisa séria e o pior brincar com facas na mão.
De que adianta, meia duzia de pessoas interessadas, diante de vinte que só querem brincar, se exibir e comer as preparações?
Seletiva, é isso que tenho que ser...seletiva, sem coração e ríspida.
Não quero, e não vou fazer parte de uma turma desta forma...
Selecionei quem pode estar ao meu lado, segreguei os que compartilharam de minha presença em sua vida profissional, escolho sim..escolho com que estou dividindo, somando e agregando nos trabalhos.
Se isso é ser chata, sou mesmo..assino e assumo.
O que não posso é, deixar que o meu gostar de gastronomia, a minha vontade de levar isso como uma profissão e sobretudo de poder, pela primeira vez na minha vida, trabalhar com aquilo que gosto..seja diminuída por uma minoria que eu posso deixar de lado.
Senti vergonha, pelos meus colegas interessados (alguns deles correram contra o tempo para estar ali presente), e pelo profissional que se dispôs a estar conosco e ter o seu trabalho menosprezado por um bando de alienados.