terça-feira, 30 de novembro de 2010

Então...finaliza-se o semestre...e o saldo foi positivo.
Como sempre falei, já sabia que a minha escolha pela Ufba me acarretaria uma série de coisas, mas no frigir dos ovos..o saldo foi melhor do que esperado.
As dificuldades do curso existem..não nego...mas também não é uma Hera venenosa com 7 cabeças..com bom senso e bom humor conseguimos enfrentar todas.
Aprendi muito...sobretudo convivendo com pessoas mais novas e também com gente do meu "top" de linha.
Fabulosa experiência, em todos os níveis...pessoal e profissional...estamos nos fazendo ver, e isto é muito bom.
Pra minha coleção de amigos...observe que não designo essa qualidade a todos...tenho absoluta certeza de que conquistei mais alguns.
E acredito, com a maior pureza d´alma que também os cativei de alguma forma.
Sou difícil, não nego...posso morder e ranger os dentes mas sobretudo sei sorrir e proteger...simplesmente sou assim e pra gostar de mim, da minha essência tem que saber entender esses dois lados, mas em segredo conto aqui...a Elena que mais domina é a que cuida, protege e sorri sempre quando está do lado daqueles que gosta.
Tenho conversado muito a respeito dos meus planos, da minha intensão de aprender tudo sobre o que virá a ser o restaurante THINK K ( COISAS DE K).
Galguei os primeiros passos mas, ainda estou engantinhando...o dinheiro é fácil..o que me falta é "saber"... mas vou aprender.
Nesses dias de folga, entre a retomada das aulas e as minhas férias forçadas do trabalho..dedicarei-me a conhecer um pouco mais da terra e sobre a terra.
Visitarei alguns lugares e se o de Lá de cima permitir..começo a minha pequena horta, em um pequeno pedaço de terra, que no futuro poderá ser algo de muito valor agregado a minha culinária.
São os planos se concretizando depois de mais uma primavera...que completei há alguns dias.
É...um ciclo se fecha, um novo ciclo de abre...novos rumos,novas descobertas, novas certezas...novos amigos,um sonho que se firma à cada dia.
Nada como planejar com calma aquilo que se quer, desta forma cada passo dado é uma vitória e um somatório de que você realmente está indo na direção certa.
Da mesma forma pode-se dizer o inverso...cada passo para trás deve ser encarado, não como uma derrota visto que nesta fase é o tempo correto para se errar, mas sim como uma oportunidade de ver o seu erro e sobretudo corrigi-lo.
Estou me sentido plena e pronta para recomeçar.
E não posso deixar de dizer que muitos estão me ajudando, seja direta ou indiretamente, para esse meu "estar pronta".
Agradeço do fundo da alma à todos, porque eles sabem quem são, e da mesma forma sabem da importância que têm em minha caminhada...como diz o Chiclete: "estou feliz coração palpitando".


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Não tenho me dedicado a minha faculdade como gostaria.
Queria ter mais tempo para poder praticar mais, sinto falta de sair da aula e reler tudo que foi dado, cada passo, cada detalhe.
Sou chata, quero ter o controle das coisas e quando isso me foge...fico mal comigo mesma.
Sinto que estou sendo vencida pelo cansaço físico e mental que o meu trabalho tem causado em mim.
No entanto, tenho adquirido preciosos livros que costumo ler entre o momento em que deito meu corpo cansado na cama e fecho os olhos pra dormir.
Meu livro de cabeceira atual é o 400g, muito bom, gostoso de ler e de certa forma é um reflexo das nossas aulas práticas.
Vale a pena investir, o preço dele é salgado..mas diante da sua durabilidade, tem um bom custo beneficio.
Nesse período adquiri além do cansaço, novos amigos e um "terrível habito de vislumbrar facas das mais diversas".
Digo terrível por que elas são lindas e meu bolso não está preparado para tal...também nem sei se seria legal chegar com uma faca maravilhosa em meio as minhas aulas.
Quero-as pra mim...mas por enquanto aceito a condição de tê-las em meus sonhos mais distantes.
Novos amigos porque é o curso natural da vida, um vem..se aproxima, vira seu mais novo amigo de infância, traz mais um..você gosta porque seu amigo novo de infância gosta e assim o ciclo se aumenta.
A seleção natural existe, e eu sigo-a a regra...mas até então o de lá de Cima só tem colocado pessoas boas em meu caminho..acho que de ruim já deu... né não todo Poderoso?
Enfim, descobri também que o meu querido e amigo Shoyo de todas as horas devem ser resumidos a minha comida caseira..decepção total. Meu pretinho básico sempre foi fundamental.
Coisas de quem realmente está aprendendo a fazer uma nova culinária, com técnicas, com cortes precisos, com texturas e cores que são característicos e em time que está ganhando não se mexe.
Fica-se a técnica, admito...não sei mais ver uma cebola se não for cortada em brunoise...as vezes até me pergunto se não estou ficando louca ou se tudo isso é fruto do meu desejo de ser melhor, de dar ao máximo em tudo que faço.
Dúvidas à parte...sigo...cansada..com novos amigos..com um desejo de ver cebolas em brunoise...sem meu shoyo..pensando na faca dos meus sonhos..lendo com os olhos meio fechados...e profundamente feliz.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nestes dias que se passaram vivi um turbilhão de emoções, passando da mais intensa alegria para uma dor que jamais imaginei sentir.
Mas isso é a vida e não poderia ser diferente comigo, não sou nada nem alguém tão especial assim que aquele lá de cima me desse o dom de não sofrer.
Sou humana, tenho sangue nas veias e dentro do meu peito bate um coração..bate forte.
Embora tenha essa capa protetora que passa imagem de que sou inatingível, sinto,sofro e muitas vezes choro.
E sofri esses dias, convalescida das dores dos que me são queridos e sobretudo pela angustia que ví nos olhos de uma mãe temerosa pela vida de sua filha.
Sofri em silêncio, contida para que a minha emoção não fosse percebida e pudesse ser interpretada de maneira errada por essa mesma mãe. Tive que ser forte, mesmo quando tudo que queria era simplesmente ser frágil.
Dormi, mal..sonhei muito e tenho plena convicção de que minha amiga-irmã ao se recuperar terá histórias para contar, pois sei da sua relação e dos seus valores espirituais.
Confesso até que foi desta condição dela que tirei forças para vê-la naquele estado. Em silêncio, estive ao seu lado, acariciei seu rosto e com muita serenidade me dispus a conversar com ela.
Relembrei sua força e tudo que passamos juntas, falei de sua filha, da falta que sentia dela e sobretudo pedi perdão por estar ausente em determinado momentos... porque a vida, em uma determinado hora, nos afasta..mas isso necessariamente não quer dizer que o carinho e a amizade se dissipa...somos amigas é fato.
Pedi a Deus pela sua recuperação e finalizei nossa conversa dizendo que nós ainda temos muito o que viver.
Nestes dias de silêncio, de reclusa e de orações ví a fé inabalável que tenho e que vai ajuda-la a sair disso tudo, porque a sua gargalhada alta, que sempre me irritou, a partir de agora serão como música aos meus ouvidos.