quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nestes dias que se passaram vivi um turbilhão de emoções, passando da mais intensa alegria para uma dor que jamais imaginei sentir.
Mas isso é a vida e não poderia ser diferente comigo, não sou nada nem alguém tão especial assim que aquele lá de cima me desse o dom de não sofrer.
Sou humana, tenho sangue nas veias e dentro do meu peito bate um coração..bate forte.
Embora tenha essa capa protetora que passa imagem de que sou inatingível, sinto,sofro e muitas vezes choro.
E sofri esses dias, convalescida das dores dos que me são queridos e sobretudo pela angustia que ví nos olhos de uma mãe temerosa pela vida de sua filha.
Sofri em silêncio, contida para que a minha emoção não fosse percebida e pudesse ser interpretada de maneira errada por essa mesma mãe. Tive que ser forte, mesmo quando tudo que queria era simplesmente ser frágil.
Dormi, mal..sonhei muito e tenho plena convicção de que minha amiga-irmã ao se recuperar terá histórias para contar, pois sei da sua relação e dos seus valores espirituais.
Confesso até que foi desta condição dela que tirei forças para vê-la naquele estado. Em silêncio, estive ao seu lado, acariciei seu rosto e com muita serenidade me dispus a conversar com ela.
Relembrei sua força e tudo que passamos juntas, falei de sua filha, da falta que sentia dela e sobretudo pedi perdão por estar ausente em determinado momentos... porque a vida, em uma determinado hora, nos afasta..mas isso necessariamente não quer dizer que o carinho e a amizade se dissipa...somos amigas é fato.
Pedi a Deus pela sua recuperação e finalizei nossa conversa dizendo que nós ainda temos muito o que viver.
Nestes dias de silêncio, de reclusa e de orações ví a fé inabalável que tenho e que vai ajuda-la a sair disso tudo, porque a sua gargalhada alta, que sempre me irritou, a partir de agora serão como música aos meus ouvidos.

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