sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O que mudou depois da faculdade?

Hoje parei para pensar no que de fato mudou, em relação aos meus hábitos culinários, depois de iniciada as minhas aulas na faculdade.
Percebi que o que mudou foi a minha velocidade. Hoje, até para manter a perfeição dos cortes, passo mais tempo no seu pré-preparo.
Observo se as retas estão perfeitas, se os cortes estão do mesmo tamanho (altura, comprimento, largura), presto atenção a detalhes que antes não me importava tanto.
Sinto o ingrediente, se ele está com uma cor vibrante, se está com textura correta, se ele ficou esteticamente perfeito.
E isso virou uma paranóia absurda e muita vezes já está sendo feita no "piloto automático".
Aprendi a posicionar minha mão melhor sobre as facas, e que quanto mais amoladas elas estiverem melhor e mais preciso sairá seu corte.
Percebi que cortar longitudinalmente é melhor realizado quando se faz de uma vez só.
Que carnes devem ser temperadas no momento do seu preparo e em alguns casos depois para garantir que o sabor da carne seja mantido.
Notei que ouvi mais do que falei, que ajudei os que precisavam de mim e que despertei a confiança de muitos colegas.
A alta gastronomia se faz desses pequenos atos: perfeição, textura, estética, harmonia, companheirismo e cumplicidade.
Por que de nada adianta somente aprender, é preciso também saber ensinar e ensinar é um dom, poucos o tem pode até soar como etnocentrismo da minha parte ou até mesmo soberba, afirmar que ensinei em curso no qual também estava aprendendo.
Confirmei meus objetivos, e vi que o caminho que estou traçando está correto e dentro dos planos que fiz.
Agora uma nova etapa vai começar, as figurinhas já não são mais desconhecidas.
Já sabe-se quem são os bons, os chatos, os arrogantes, os egocêntricos e os que não vão dar em nada...pena ter que segregar uma turma assim, mas como dizem o sistema é bruto e infelizmente temos que nos proteger.
O momento é de solidificar alianças que serão benéficas para ambos, porque é assim que tem que ser...crescer junto.
Utopia, viagem minha?
Não sei talvez, tudo culpa desse espírito sonhador e crédulo que existe em mim, e que é meu não nego.
Mas, fazendo uso do principio básico das leis: " todo mundo é inocente até prova em contrário", afirmo que minha essência acredita em alianças bilaterais e não unilaterais.

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