sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Hoje percebi que existe uma pedra no meu caminho...
Os festejos natalinos e seus blá..blá blás...requerem algumas particularidades..e uma delas se chama ceia de Natal.
Opa, prato cheio para gastronomos curiosos e iniciantes, mostrarem suas habilidades e seus dote culinários.
Casa cheia, familia reunida..bom assim todo mundo experimenta de uma vez e acaba aquele papo chato de : você ainda não cozinhou pra mim!!
Seria perfeito se não fosse trágico..mas que coisa absurda..quem foi que disse que natal tem que ter peru, chester, fiesta, frango ou qualquer tipo de coisa penosa???
Reza a lenda de que quem não gosta de pena, não deveria gostar de prepar aves e eu admito que eu até questionava se essa lenda urbana era verdadeira e infelizmente descobrir, a duras "penas",..que é verdade.
Eu até tentei, respirei fundo e disse pra mim mesma: yes, you can!
Mesmo porque se vou trabalhar na cozinha não posso me dar ao luxo de não querer tocar em frango, principalmente aqui onde se adora comer frango....aquele famoso blá , blá blá de que frango não engorda, não tem cheiro e nem solta as tiras como se dizia na boa a velha propaganda de havainas (naquele tempo em que só quem usava havaianas era "pobre".)
E lá se vai eu, feliz ao mercado comprar qualquer uma das inúmeras opções que substituem o peru velho e cansado de guerra, que a cada dia está maior do que nunca, e eu uma simples mortal, com um fogão de tamanho normal, jamais poderia comprar um desses elefantes..ops digo peru.
Então por falta de espaço tinha que ser algo pequeno mesmo..coisa do tipo 3kg no máximo e também pra não sobrar muito para o dia seguinte e ter que virar aquele celebre salpicão.
A coisa toda é que comprei a dita ave, aloquei-a em meu freezer e me enfiei no meio do mato, sem comunicação com o mundo aqui fora, para renovar as energias.
Nesse meu "retiro espiritual", me vi tendo que ver as pessoas matarem o nosso almoço e isso aconteceu com um coelho e advinhem..com uma galinha.
Tal fato desencadeou um processo ciclico e em cadeia e que hoje se transfigurou em um terror pré-natalino que por pouco não colocou a ceia inteira a perder.
Fui salva pelo gongo e pela minha mãe.. que hoje percebi ser uma parteira de mão cheia..pois a cena de vê-la puxando o saco plástico que continha as visceras do bicho ..era sem sompra de dúvidas, um parto à forceps.
Definitivamente esse vai ser o primeiro, único e ultimo chester da minha vida...ano que vem vai ter bacalhau no Natal.

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